A LuzPai, peço-lhe paciência, para que eu saiba compreender que todos os acontecimentos que me envolvem são necessários para a minha evolução espiritual e que tudo tem o seu tempo.Pai, peço-lhe serenidade, para que eu possa enxergar a Sua Imagem sempre à minha frente, mesmo nos momentos em que eu acreditar que estou diante do abismo.Pai peço-lhe discernimento, para que eu não permita que a vaidade e o orgulho venham caminhar ao meu lado.Pai, peço-lhe coragem, para que a cada dia eu não tema as dificuldades que batem a minha porta, mas sim, aproveite a nova oportunidade que Tu me concedes.Pai, peço-lhe confiança, para que eu possa prosseguir, mesmo que lágrimas estejam presentes em meu rosto.Pai, peço-lhe perdão, para que eu possa compreender que cada um possui um grau de evolução, mas que todos somos irmãos e que quando seguirmos os ensinamentos do Mestre, não mais caminharemos na escuridão.Pai, peço-lhe, esperança, para que eu possa enfrentar os espinhos que sempre surgirão em minha jornada, compreendendo que eles ficarão para trás.Pai, peço-lhe determinação, para que a cada amanhecer eu jamais pense em abandonar a minha existência, entendendo que as dificuldades não poderão me vencer.Pai, peço-lhe força, para que eu possa caminhar e não me deter diante das adversidades.Pai, peço-lhe alívio, para que a minha alma não se perca diante das angústias que brotam do meu íntimo.Pai, peço-lhe perseverança, para que a cada instante eu acredite em meu potencial e possa buscar, mesmo diante das pedras, pela renovação da minha vida.Pai, peço-lhe fortalecimento, para que após cada queda, eu possa me reerguer e sempre enxergar um novo começo.Pai, peço-lhe ânimo, para que meu espírito possa continuar sua elevação, para que eu não permita que meu coração se feche para o mundo.Pai, peço-lhe misericórdia, para que eu possa sentir que por onde andar, não estarei jamais sozinho.Pai, peço-lhe sabedoria, para compreender a importância dos caminhos espirituais que se abrem a minha frente.Pai, peço-lhe proteção, para que eu não venha me perder entre as trevas que me buscam me cercar.Pai, peço-lhe amor, para que eu possa aliado a ele, traçar um novo rumo para a minha existência, pois o amor é capaz de vencer qualquer mal.Pai, peço-lhe verdade, para que eu sempre possa reconhecer o caminho trilhado pelo Mestre.Pai, peço-lhe salvação, para que eu possa vencer os vícios e fraquezas que ainda pulsam em meu interior.Pai, peço-lhe resignação, para que eu não desfaleça diante das provas necessárias ao meu espírito.Pai, peço-lhe paz, para que meu íntimo não se perturbe quando tiver que atravessar ambientes onde ainda reina a discórdia.Pai, peço-lhe otimismo, para que eu não me alie à tristeza e creia que nada mais vale a pena.Pai, peço-lhe que a cada instante da minha existência, eu possa ser banhado por Tua luz.E envolvido em Tua luz, Pai, eu possa renovar as minhas esperanças e recomeçar, trilhando um novo horizonte.Porque a Tua luz, Pai, é a Luz da Salvação.E banhado nessa Luz, eu sei que posso continuar.Porque juntos, sempre triunfaremos!
Viva com simplicidade espiritual.Teu sorriso é suficiente para trazer-te a paz.O perfume das tuas flores é suficiente para iluminar teus dias.Teus passos, um de cada vez, são suficientes para encontrares o que procuras. Teu silêncio e tua amorosidade são suficientes para sentires Deus.Tens tudo ao teu alcance para cresceres contente e sem dor.Tudo que aperta, tudo que machuca, tudo que te tira a paz de espírito, não é digno da tua atenção por tempo demasiado. Vai com tua simplicidade, com tua alegria, com tua confiança, e saberás que para aprender, não precisas sofrer...Basta viver!
Conta uma lenda chinesa que certa vez, achava-se Confúcio, o grande filósofo, na sala do rei. Em dado momento, o soberano, afastando-se por alguns instantes dos ricos mandarins que o rodeavam, dirigiu-se ao sábio chinês e lhe perguntou:- Como deve agir um magistrado? Com extrema severidade a fim de corrigir e dominar os maus, ou com absoluta benevolência a fim de não sacrificar os bons?Ao ouvir as palavras do rei, o ilustre filósofo conservou-se em silêncio.Passados alguns minutos, de profunda reflexão, chamou um servo, que estava por perto, e pediu-lhe que trouxesse dois baldes um com água fervente e outro com água gelada.Havia na sala, adornando a escada que conduzia ao trono, dois lindos vasos dourados de porcelana. Eram peças preciosas, quase sagradas, que o rei apreciava muito.Com a maior naturalidade, ordenou o filósofo ao servo:- Quero que enchas esses dois vasos com a água que acabas de trazer, sendo um com a água fervente e o outro com a água gelada!Preparava-se o servo obediente para despejar, como lhe fora ordenado, a água fervente num dos vasos e a gelada no outro quando o rei, saindo de sua estupefação, interrompeu-o com incontida energia: - Que loucura é essa, venerável Confúcio! Queres destruir essas obras maravilhosas? A água fervente fará, certamente, arrebentar o vaso em que for colocada e a água gelada fará partir-se o outro!Confúcio tomou, então, um dos baldes, misturou a água fervente com a água gelada e, com a mistura assim obtida, encheu os dois vasos sem perigo algum.O poderoso monarca e seus mandarins observavam atônitos a atitude singular do filósofo. Este, porém, indiferente ao assombro que causava, aproximou-se do soberano e falou: - A alma do povo, ó rei, é como um vaso de porcelana, e a justiça é como água. A água fervente da severidade ou a gelada da excessiva benevolência são igualmente desastrosas para a delicada porcelana.Faz uma pausa e concluiu:- Por isso é sábio e prudente que haja um perfeito equilíbrio entre a severidade, com que se pode corrigir o mau, e a benevolência, com que se deve educar o bom.

Deixe a porta entre-aberta
A sala estava repleta de convidados, todos curiosos para ver a obra de arte, ainda oculta sob o pano branco. Falava-se que o quadro era lindo. As autoridades do local estavam presentes, entre fotógrafos, jornalistas e outros convidados, porque o pintor era, de fato, muito famoso. Na hora marcada, o pano que cobria a pintura foi retirado e houve caloroso aplauso. O quadro era realmente impressionante. Tratava-se de uma figura exuberante de Jesus, batendo suavemente na porta de uma casa. O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele desejava ouvir se lá dentro alguém respondia. Houve discursos e elogios. Todos admiravam aquela obra de arte perfeita. Contudo, um observador curioso achou uma falha grave no quadro: a porta não tinha fechadura. Dirigiu-se ao artista e lhe falou com interesse: a porta que o senhor pintou não tem fechadura. Como é que O Visitante poderá abrí-la? É assim mesmo, respondeu o pintor calmamente. A porta representa o coração humano, que só abre pelo lado de dentro. Muitas vezes, mal interpretado, outras tantas, desprezado, grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando entrar em nossa casa íntima há mais de dois milênios. Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a visita que permanece do lado de fora dos corações, na tentativa de ouvir se lá dentro alguém responde ao seu chamado. Todavia, muitos o chamamos de Mestre, mas não permitimos que Ele nos ensine as verdades da vida. Grande quantidade de cristãos, falam que Ele é o médico das almas, mas não seguem as prescrições Dele. Tantos dizem que Ele é o irmão maior, mas não permitem que coloque a mão nos seus ombros e os conduza por caminhos de luz... Talvez seja por esse motivo que a humanidade se debate em busca de caminhos que conduzem a lugar nenhum. Enquanto o Cristo espera que abramos a porta do nosso coração, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos as melhores oportunidades de receber esse Visitante ilustre, que possui a chave que abre as portas da felicidade que tanto desejamos. E se você não sabe como fazer para abrir a porta do seu coração, comece por fazer pequenos exercícios físicos, estendendo os braços na direção daqueles que necessitam da sua ajuda. Depois, faça uma pequena limpeza em sua casa íntima, jogando fora os detritos da mágoa, da incompreensão, do orgulho, do ódio... Em seguida, busque conhecer a proposta de renovação moral do Homem de Nazaré. Assim, quando você menos espera, Ele já estará dentro do seu coração como convidado de honra, para guiar seus passos na direção da luz, da felicidade sem mescla que você tanto deseja.***O olhar de Jesus dulcificava as multidões. Seus ouvidos atentos descobriam o pranto oculto e identificavam a aflição onde se encontrasse. Sua boca, plena de misericórdia, somente consolou, cantando a eterna sinfonia da Boa Nova em apelo insuperável junto aos ouvidos dos tempos, convocando o homem de todas as épocas, à conquista da felicidade.

Ausência
Há várias espécies de dores capazes de atingir os corações humanos.Qual a mais intensa?Parece-nos ser aquela que estamos sentindo no momento.Temos o costume de esquecer o passado e valorizar o sentimento presente como se nada de pior já tivesse acontecido, ou pudesse vir a acontecer.Isso é uma tendência muito natural do ser humano.Mesmo assim, existem sofrimentos que se distinguem dos outros e assumem perante a maioria das criaturas uma condição de maior gravidade.A morte de um ser querido, por exemplo.Não há quem não se comova, sofra, sinta verdadeiramente quando um ser amado abandona o envoltório corporal e parte para outro plano da vida.Pouco importa se a desencarnação foi repentina, ou não; se foi violenta, ou serena.Não interessa se aquele que partiu já contava com avançada idade, ou se ainda era jovem.Não há como mensurar essa espécie de dor.E cada um a sente e reage a ela, de forma diversa.Há aqueles que se entregam, blasfemam e se revoltam.Há outros que choram, mas que aceitam, envolvendo suas dores no bálsamo da prece e da fé.Há, ainda, os que buscam modos nobres e belos para render novas homenagens àqueles que já se foram.Assim parece-nos ter agido o poeta Augusto Frederico Schmidt, que toca nossos corações com os seguintes versos:"Os que se vão, vão depressa,Ontem, ainda, sorria na espreguiçadeira.Ontem dizia adeus, ainda da janela.Ontem vestia, ainda, o vestido tão leve cor-de-rosa.Os que se vão, vão depressa.Seus olhos grandes e pretos, há pouco, brilhavam.Sua voz doce e firme faz pouco ainda falava.Suas mãos morenas tinham gestos de bênçãos.No entanto hoje, na festa, ela não estava.Nem um vestígio dela, sequer.Decerto sua lembrança nem chegou, como os convidados,Alguns, quase todos, indiferentes e desconhecidos.Os que se vão, vão depressaMais depressa que os pássaros que passam no céu,Mais depressa que o próprio tempo,Mais depressa que a bondade dos homens,Mais depressa que os trens correndo, nas noites escuras,Mais depressa que a estrela fugitiva que mal faz traço no céu.Os que se vão, vão depressa.Só no coração do poeta, que é diferente dos outros corações,Só no coração sempre ferido do poetaÉ que não vão depressa os que se vão.Ontem ainda sorria na espreguiçadeira,E seu coração era grande e infeliz.Hoje, na festa ela não estava, nem sua lembrança.Vão depressa, tão depressa os que se vão ..."Não permita que sua dor, seja ela causada pelo motivo que for, o impeça de perceber a beleza de cada momento.Não deixe que suas lágrimas, por mais sentidas e justas que sejam, turvem sua visão, impossibilitando que seus olhos vejam a vida com clareza e serenidade.Dedique aos amores que partiram pensamentos otimistas e repletos de confiança no reencontro futuro, sem desespero nem revolta.Se hoje, na sua rotina, pareceu-lhe que ninguém notou a dor que lhe invadia intensamente o peito, saiba que nada, nem mesmo nossas angústias, passam despercebidas ao Pai.Confie, persista e prossiga, sempre.

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